sábado, 30 de março de 2013

10. House Concert in Richmond, VA.


 
Terça, 27 de Março. Empacotamos tudo, almoçamos e nos tocamos para Richmond, uma das maiores cidades da Virgínia.
Chegamos lá meio em cima da hora pra montar as coisas pro show que faríamos junto com a banda local The Low Branches, na casa dos nossos anfitriões Josh e Hope.


Os shows rolaram na sala da casa deles, com uma platéia empolgada e muito gente fina. Primeiro teve a Low Branches  (ao lado direito) com um som bem silencioso e minimalista, lembrando Elliot Smith e coisas do gênero.  Depois, Marcelo Fruet & Os Cozinheiros, com um show descontraído, começando baixinho e dramatizando aos poucos o local. No final, teve até a participação especial súbita do Justino, um cara que toca musica latina e apareceu por lá com uma cuíca brasileira E o curioso da história é que na casa do casal não se permitia o uso de calçados. Foi nosso primeiro show de meias!!!



Aconteceram outras coisas interessantes. Eles tinham três gatos e um deles simplesmente curtiu a pedaleira do Brawl... 
No entanto, talvez o mais interessante seja a forma como fomos parar lá na casa de Josh e Hope. A Hope é uma artista de Richmond que vai estar  com uma instalação na próxima Bienal de artes do MERCOSUL. Por isso, estava em Porto Alegre resolvendo algumas coisas juntamente com a Luciane Bucksdricker, amiga nossa de longa data.   Nós não fazíamos idéia que isso estava acontecendo até a Lú ligar perguntando como poderia comprar nosso disco pra dar de presente pra uma amiga americana que tinha um marido músico. Foi aí que falei pra ela sobre nossa viagem para os EUA, que iríamos passar por diversas cidades, incluindo Richmond. A coincidência foi tão grande que enviamos dois CDs pra eles. Depois, fizemos uma ponte direta com o Josh que organizou o show em Richmond junto com a banda dele. 
Chegando lá, ainda descobrimos que ele, além de musico, produtor e engenheiro de som (que nem o Fruet), é cozinheiro profissional (que nem a banda..hehe). Lógico que acabou fazendo um prato saboroso para degustarmos após o show. Não sabemos o nome, mas tinha porco, peixe, temperos da Etiópia, ovos e batatas. Ele também tinha o álbum do Herbie Hancock "Head Hunters", que a gente curte muito, em vinil!! Casualmente tínhamos escutado o mesmo álbum na estrada até lá...não preciso dizer que começamos o show com "Chameleon", uma das nossas faixas preferidas desse disco, né!


Muito obrigado Josh, Hope,  Low Branches e todos os presentes!

Next stop: NYC!

sexta-feira, 29 de março de 2013

9. The College of William & Mary


Marcelo Fruet & Os Cozinheiros om o Prof. Prado na frente do prédio da universidade.
Segunda-feira. 11h. Começa a primeira oficina na sala 229 do Blair building da universidade The College of William & Mary. Após a apresentação do Prof. Prado, seguimos com música. Dessa vez, em formato acústico, utilizamos um cavaquinho e algumas percussões para demonstrar alguns clássicos do samba, da bossa-nova e da MPB, além da mistura que fazemos naturalmente com o rock, tango, milonga, jazz e outros estilos. Tudo isso juntamente com muito papo, perguntas, explicações e exaltação da cultura brasileira.
14h. O Segundo workshop foi bem parecido, porém mais instigante, pois os alunos haviam lido o livro Hello, Hello Brazil e tinham muitas perguntas interessantes. A sala estava cheia de pessoas interessadas e envolvidas. Foi bem emocionante estar ali como legítimos representantes da cultura brasileira.
O mais legal das oficinas, porém, foi poder mostrar características de alguns estilos  de música nacional, ao mesmo tempo em que derrubávamos os esteriótipos ao apresentar-nos como uma banda urbana, vinda do sul do país, onde o clima é diferente e a cultura também. Dessa forma, os estudantes puderam entender que o Brasil hoje é um pais plural, multifacetado e, diferente do que pensavam, está super conectado com o rock, o jazz e a cultura alternativa mundial contemporânea. Isso pareceu ser super importante para eles.
O prof. Prado e o  Latin American Studies Program do The Tyler History Dept da universidade  William & Mary estão de parabéns pela iniciativa!
A SEFIC e o MINC, de parabéns por tornar essa idéia uma realidade via Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural.
Após os workshops, fomos até um Outlet para comprar casacos e roupas para o frio e a neve inesperados. Agora sim, estávamos prontos para migrar até Nova Iorque.
Williamsburg foi ótima com a gente! Próxima parada Richmond.

quinta-feira, 28 de março de 2013

8. Williamsburg, Virginia


Após inflar diversos colchões de ar, tivemos uma bela noite de sono. Acordamos bem em Williamsburg. Fazia sol e o dia estava lindo, apesar do frio. Professor Prado fez um churrasco multicultural, utilizando cortes americanos, com temperos uruguaios e um jeitinho brasileiro, excelente para repor as energias do time.  
Finalmente teríamos um dia “off”, para descansar... porém, o pátio da casa era tão bonito, tinha um balanço muito bacana e a luz era tão fotogênica que resolvemos fazer umas filmagens após o almoço...e assim foi a tarde toda. As imagens ficaram tão boas que isso pode até virar um clipe no futuro. Exaustos, à noite fomos jantar comida típica...muita pimenta. Bom pra uns, ruim pra outros...
Domingo, dia do show no The College of William & Mary. Acordamos e já saímos correndo. O show era bem cedo, às 5 pm, no Ewell Hall, uma sala de concerto que fica no Depto de Música da universidade. A coordenadora Anne Rasmunsen nos recebeu super bem e ficou encantada com nossa música na passagem de som. O professor Fabrício Prado fez uma introdução acadêmica, contextualizando os espectadores com o evento e com a nossa música, cultura e origens. A sala estava lotada e o show foi muito bom. Público interessado e receptivo....até cantaram junto com a gente!
Descobrimos que fomos a primeira banda brasileira a tocar na universidade e na cidade de Williamsburg!! Yeah!

Eis que na saída do show nos deparamos com o imprevisível: estava nevando! A universidade ficou muito bonita com a neve. Ficamos bem felizes, pois a maioria de nós nunca havia visto neve assim. Passada a euforia, tivemos que carregar os equipamentos até o carro, daí a coisa começou a ficar preta, ou melhor, branca, além de úmida e gelada! Não tínhamos nos preparado para isso. É bem anormal ter neve em março aqui na Virginia. Passamos muito frio e o Fruet até pegou um resfriado importado.
Depois do caos, fomos até uma pizzaria comer e relaxar, se preparando pros workshops do dia seguinte. Belo rango!

quarta-feira, 27 de março de 2013

7. Por favor Sr. Sol, me dê de volta a Virgínia!


Na estrada para a Virgínia, não tem como não lembrar dos geniais Mutantes...
Atravessamos a Geórgia, a Carolina do Sul e a Carolina do Norte. Foi então que, após umas 9 horas de viagem, chegamos em Williamsburg e encontramos o historiador Dr. Fabrício Prado, nosso anfitrião e amigo de longa data.  O frio também nos aguardava...
Fabrício é o historiador responsável pelo evento “Musica Brasileira: Identidade e Cultura no Séc. XXI”, onde vamos fazer um show e dois workshops. O evento é uma realização do Departamento Tyler de História da América Latina da universidade The College of William & Mary, e nossa participação tem o apoio do Programa de Incentivo e Difusão Cultural, da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura do Brasil. Obrigado aos responsáveis e realizadores pelo convite especial e obrigado MINC por, mais uma vez, nos ajudar a difundir a cultura brasileira.
Continua...

terça-feira, 26 de março de 2013

6. Enjoying Atlanta


 
Cozinheiros com David & Andy, nos fundos de sua casa
Atlanta foi tão legal com a gente que resolvemos atrasar em um dia nossos planos de viagem . Usamos o conforto da base anfitriã para planejar as próximas ações, divulgar notícias, fechar alguns shows e providenciar alguns utensílios necessários para a próxima etapa da viagem: como um colchão inflável e um cobertor. Mesmo assim, conseguimos conhecer um pouco da cidade e nos divertir.
No dia seguinte ao show, enquanto o Fruet gerenciava questões referentes à viagem, o resto da banda foi visitar o museu do Martin Luther King Jr, incluindo a casa onde ele nasceu e seu túmulo.  Foi uma programação bem impactante. O pessoal da banda saiu abalado de lá. Saber detalhes da situação que afligia os negros que viviam ao sul dos EUA entre 1930  e 1960 não é tarefa fácil.
À noite, para descontrair, Andy e David nos levaram até um restaurante chinês, servido por vietnamitas, onde iam clientes mexicanos e americanos. Comemos até pata de galinha, um prato típico da região!
 comendo pata de galinha
Depois da janta, nos levaram a um bar chamado Sister Louisa’s Church of The Living Room & Ping Pong Emporium. A atmosfera do local era toda baseada na temática católica, fazendo piadas e metáforas com as palavras, imagens e objetos da religião. Tem até um altar com uma bíblia, com um microfone e um órgão ao lado. Em determinado momento, o bar estremece com um som de órgão altíssimo, tocado por um gordinho careca de braços curtos, que coordena uma espécie de karaokê. Cada candidato pode escolher entre muitas canções conhecidas e cantá-las em versão de igreja: órgão e voz. Fruet cantou Garota de Ipanema e War Pigs, mas a estrela da noite foi nosso amigo David Brodeur, que ganhou a platéia cantando Sweet Caroline, de  Neil Diamond, e atuando como um verdadeiro pop star!


 David cantando e performando!
Após aprontar tudo para a partida, a banda saiu à procura de um lugar chamado Taco Mac, onde servem as Buffalo Wings mais famosas da região. Pra quem não sabe, Buffalo Wings são asinhas e coxinhas de galinha preparadas com uma receita de molho picante especial. No caso, estávamos procurando uma loja específica que havíamos visitado quando viemos pra cá a primeira vez, em 2008. Após mais ou menos três tentativas erradas, conseguimos falar com o Fabrício Prado – que havia nos levado lá anteriormente e seria nosso próximo anfitrião em Williamsburg, Virgínia.  Foi muito bom! Nos deliciamos com frango, pimenta, blue cheese, aipo e cerveja local servida em pitchers!

Obrigado Atlanta, Andy Ditzler e David Brodeur por serem tão legais! Até a mais!
Próxima parada: Williamsburg, VA.

domingo, 24 de março de 2013

5. Atlanta – chegando e trabalhando!


Após atravessarmos a Louisiana, o Mississippi e o Alabama, entramos finalmente na Geórgia.
Chegando em Atlanta, o cansaço era evidente. Ainda bem que nossos anfitriões, Andy Ditzler e David Brodeur estavam prontos para nos receber com muito conforto e atenção. Isso foi definitivo para que pudéssemos descansar bem antes de fazer o show no Eddie’s Attic. Andy e David são nossos amigos de longa data. Desde 2008, desenvolvemos uma parceria de shows em Atlanta e Porto Alegre, que culminou com a participação de Andy tocando piano na musica “Land of Moons”, em nosso último disco.
No dia seguinte, acordamos bem, tomamos um café tipicamente americano e nos preparamos para o show, que começaria cedo. Setup completo, fomos pro bar Eddie’s Attic. O lugar fica em Decatur e é reconhecido como uma das melhores casas de show de médio porte da Geórgia. Eles tem uma política de silêncio, para que as pessoas possam escutar o som. Valorizam o artista e tem até um pôster ao lado do palco explicando isso, uma baita iniciativa!
Marcelo Fruet & Os Coziheiros  (foto: David Brodeur)   e   os dizeres do Eddie's Attic em Atlanta
Nosso show lá foi bem animado e deu pra ver que o pessoal se surpreendeu bastante. O povo e os artistas começaram a ser mais receptivos à medida em que o show avançava...(muito legal ver isso!) O impacto da nossa música foi tão forte que a compositora nova-iorquina Rachael Sage confessou trocar seu repertório de improviso ao entrar no palco depois de nós. Fomos muito elogiados por ela e pela banda principal “A Fragile Tomorrow”, da Carolina do Sul, que tocou por último. Ambos artistas são bem conhecidos nos EUA. Rachael tem mais de 10 discos e já ganhou diversos prêmios de composição, como o John Lennon Songwriter Contest . Já “A Fragile Tomorrow” teve seu último disco produzido por Mitch Easter, responsável pelos albums do R.E.M, entre 1981 e 1984.
Jason, o engenheiro de som do bar, também adorou a banda. Lamentou o show ter sido tão curto e disse que poderia ficar nos escutando por 3 horas seguidas tranquilamente. Antes de irmos embora, nos deu um CD com o áudio do show. Awesome!
Resumindo, foi um dia bem proveitoso para a banda. Atlanta mais uma vez está de parabéns!!
 
     com Rachael Sage                                                e        com os gêmeos do A Fragile Tomorrow

sexta-feira, 22 de março de 2013

4. New Orleans + Atlanta News

Domingo, 17 de março, saímos de Austin, em direção à Atlanta, Geórgia. A distância nos obrigava a parar uma noite, por isso escolhemos New Orleans para pousar no caminho.

NOLA (como os locais chamam New Orleans)
Chegamos lá muito tarde e todos os hostels que pensamos em ficar estavam com as portas fechadas. Saímos à procura de hotel. Foi bem difícil. Conseguimos algo que pudéssemos pagar lá pelas 4 da manhã e muito cansados. O atendente era um russo chamado Igor...graças à Deus conseguimos convence-lo a fazermos o checkout após o meio-dia e deu pra descansar um pouco.

New Orleans é uma cidade muito bonita e cheia de vida. Tem muitas construções antigas muito bonitas, tipo aquelas casas de madeira clássicas, vistas em filmes sobre as fazendas e cidades na época da colonização e independência americana. Tem o French Quarter, zona que rolam muitos bares e uma espécie de carnaval de rua deles. Ironicamente, chegamos lá na madrugada após o St. Patrick's Day, ou seja, todos haviam bebido muito na cidade e já tinham dormido. Exceto nós, nem bebido, nem dormido. Meio-dia, deixamos a cidade.

Estávamos no Alabama, na Interstate 65 costeando a fronteira com a Florida para chegar à Atlanta, onde nossos amigos Andy Ditzler e David Brodeur nos esperavam. Teríamos show lá, em uma casa de música bem badalada, chamada Eddie’s Attic. O show seria junto com dois outros artistas bem conhecidos nos EUA: Rachael Sage e A Fragile Tomorrow. Bem legal...saiu até no jornal de cultura mais consumido daqui, o Creative Loafing: http://clatl.com/atlanta/a-fragile-tomorrow-rachael-sage-marcelo-fruett/Event?oid=7724399
Artigo publicado no jornal Creative Loafing, de Atlanta Georgia, USA.
Daqui a pouco tem mais notícias, fique ligado!

quinta-feira, 21 de março de 2013

3. O SHOW NO SXSW

Tocamos na sexta-feira, 15 de Março, às 20h, no COPA, uma casa de shows de música e dança. Abrimos a noite que contou com artistas do Uruguai, da Colômbia, México, Austin e Los Angeles.

Apesar da passagem de som corrida, o show foi excelente. Não estava mega-lotado e isso acabou sendo bom, pois quem estava lá realmente queria ver e ouvir o que tínhamos pra dizer. Perfeito para nosso tipo de música.

Após o show, recebemos alguns fãs, vendemos produtos, entrevistamos pessoas para saber suas impressões e conversamos com produtores e artistas interessados no nosso trabalho, incluindo o David da BM&A, instituição ligada à APEX Brasil que, em teoria, ajuda a vender a música brasileira aqui fora. Foi particularmente interessante saber que algumas pessoas foram parar lá porque haviam escutado nossa música no programa do Michael Crockett, um radialista muito conhecido da rádio KUT, aqui do Texas. Intercâmbio forte!

Ficamos o resto da noite lá pelo COPA, pois prometemos emprestar nossa bateria para bandas que tocavam depois. Foi um pouco frustrante no sentido de que salvamos eles (que não tinham bateria) sem exigir nada, mas pedimos para que contribuíssem, como lhes fosse conveniente, com a nossa viagem. As bandas simplesmente desapareceram após usar a batera, exceto pela última que a acabou quebrando uma peça da caixa da bateria e teve que nos pagar. Ainda bem que era uma peça insignificante. Buenas, fizemos a nossa parte...e fomos exemplares. Isso é o que importa.

No outro dia, precisávamos organizar coisas que faltavam para o restante da viagem que viria pela frente. À tardinha, nos encontramos com o Chris Prado e com o Chico Baldini, que estavam em Austin participando do SXSW. Demos uma volta no parque da cidade buscando um bom spot para fazer um set acústico nas ruas do festival, como é de praxe por lá. Depois, encontramos os amigos locais. Nos esperavam com pizza, cerveja e churrasco. Conseguimos finalmente nos despedir em grande estilo, com muita música, amizade e diversão!

Graças ao apoio recebido do Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural da SEFIC/ Ministério da Cultura do Brasil, estamos podendo realizar esse grande feito!
Adiós e muito obrigado, amigos!
 no SXSW tirando fotos com os fãs.


quarta-feira, 20 de março de 2013

2. AUSTIN, TEXAS



No fundo da casa dos Hurts, em Austin, Texas, EUA.
 
Após uma noite de sono excelente, acordamos na casa de John e Narda prontos para enfrentar a loucura do festival.  Não tinha como ser melhor. Eles simplesmente deixaram a imensidão da mansão deles aos nossos cuidados e foram dormir na casa da irmã da Narda. Quando eu digo mansão, quero dizer mesmo. A casa tem tudo do bom e do melhor, é muito confortável e ainda contava com aparições deles pela manhã e à noite para trazer lanchinhos maravilhosos e curtirem um pouco com a gente. Só por rever esses grandes amigos, a viagem já tinha valido a pena. Que sorte que a gente tem no final das contas!

Como nem tudo é alegria, nossos planos estavam atrasados em um dia. Precisávamos adquirir alguns equipamentos necessários para nosso show de sexta no SXSW, encontrar pessoas, participar de eventos e divulgar nosso show.

Não preciso dizer que qualquer músico brasileiro entra em êxtase quando vai até uma loja como a Guitar Center ou similar. Com a gente não foi diferente. Mesmo sem comprar muita coisa, não tem como não perder a hora vendo e testando tantas opções, marcas e modelos de coisas que não temos acesso no Brasil. Foi bem divertido.

Resolvidas as necessidades de palco, fomos até o festival SXSW, que rola mais para o centro de Austin, entre a Av. Cezar Chavez e a 17th.  Esse ano tinha um público infinitamente maior do que em 2008, quando viemos pela primeira vez. Impressionante o número de pessoas, casas de show, festas, carros, bicicletas e, principalmente, bandas. Ao mesmo tempo caótico e fascinante, o festival se caracteriza por essa pluralidade de estilos, que encanta até mesmo os mais céticos. Por um lado é bom, por outro, frustrante: com tanta coisa acontecendo, a única coisa certa é que você vai deixar de ver muito mais do que vai conseguir assistir. O verdadeiro espírito é fazer contatos e ampliar a rede pessoal, negócios, fans e amigos. Acho que nos saímos bem.

Resumindo um pouco, podemos dizer que tem muita banda ruim, muitas coisas bem parecidas e previsíveis, mas existem as pérolas escondidas e alguns artistas já consagrados bem interessantes. Esse ano, teve show do Nick Cave, Iggy Pop & The Stoogies, Prince, Greenday, John Forghetty, Dave Grohl e Devendra B. , entre outros.

Fora os graúdos, ficamos bem impressionados com os artistas da América do Sul, que pareciam bem engajados e com uma busca estética e de mercado interessantes, muito superior à maioria que se podia observar. O Uruguai teve um grupo bem expressivo de artistas participando do festival. Se considerarmos o tamanho do país, deu um laço no Brasil. Além de muito bons, os uruguaios estavam unidos e isso fez toda diferença. Eles tiveram uma noite uruguaia num dos locais de shows, sob um mesmo material de divulgação, ou seja, vendendo sua música e cultura de forma organizada e coesa. Fizeram isso através de uma “cluster de cultura”, montada pela comunidade artística local,  com representatividade junto ao governo. Um exemplo a ser seguido por nós. Ficamos muito amigos da produtora da Malena Munaya, que é uma das organizadoras do movimento  e vai nos ajudar bastante nesse assunto. Bem legal!!
 Na Frente da casa dos Hurts, em Austin, Texas, EUA.

terça-feira, 19 de março de 2013

1. A VIAGEM E A RUÍNA


Amigos,

desculpem a demora, mas a viagem dessa vez está bem corrida e não tivemos tempo de escrever antes.

Chegar em Austin, por si só, foi uma aventura. Eu (Fruet) estava indo em um vôo separado, pela United, o Nicola, por um da Delta e o André, o Brawl e o Lúcio, pela American Airlines. Tudo para tentar economizar nos custos.

Os problemas começaram com o visto do André que ficou pronto apenas um dia antes da viagem, o que, já de saída, nos deu muito trabalho e um prejuízo considerável. Como não havia tempo para esperar o visto chegar em Porto Alegre, precisávamos de alguém para buscá-lo junto ao consulado americano em São Paulo e levar até o aeroporto de Guarulhos, onde estaríamos esperando o embarque internacional. Lá se foi meu tio Luiz Henrique até a zona sul de SP pegar o passaporte, cruzando a cidade bravamente para depois chegar até Guarulhos e entregar em minhas mãos. Obviamente, depois de tudo isso, virou cozinheiro honorário, com direito a sentar na janelinha.

Tudo parecia resolvido. Não contávamos que o pessoal da TAM fosse barrar o embarque do André no vôo POA-Guarulhos. Alegaram que por se tratar de uma passagem internacional, em um bilhete único, emitido por outra Cia, ele precisava do passaporte para embarcar. Só que o passaporte estava comigo lá em São Paulo, esperando ele chegar... Primeiro imprevisto: ironicamente tivemos que comprar uma nova passagem POA-GRU para que o André pudesse embarcar no mesmo vôo de sua passagem original. Um absurdo. A TAM ganhou, nós perdemos uma boa grana. Susto e lamentação.

No mesmo momento, o Nicola tentava embarcar para Brasília e o nome dele não aparecia no sistema da Gol, como se a gente não tivesse comprado a passagem pela Submarino... após algumas ligações, conseguimos resolver e ele não perdeu o vôo por poucos minutos. Outro susto.

Como se não bastasse, quando o resto da turma chegou em Guarulhos, ainda ficamos sabendo de outros prejuízos não planejados: uma bagagem do Lúcio foi extraviada ( e foi justamente a que continha um item de estimação dele) e o case do baixo quebrou, devido à falta de cuidado da TAM...um pouco de tristeza, mas não desistimos. Pelo contrário.

Os vôos internacionais foram relativamente tranqüilos. Eu fui direto para Austin, nosso destino final e deveria cuidar da organização de todos os aspectos relativos ao festival, nossa participação e divulgação. Acabei pegando o mesmo vôo que o Derrick, vocalista do Sepultura e que a representante da Ipanema FM, Juliana Baldi. Ainda fui num assento triplo, sozinho. Beleza! Os cozinheiros se encontraram no aeroporto internacional de Dallas/ForthWorth (DFW) para alugar a van e ir até Austin me encontrar.

Eis então que o inesperado aconteceu.

Na hora de alugar o carro, o cartão de crédito do Lúcio não funcionou por ser uma compra que não fechava com o seu perfil de uso. Até aí tudo bem. Era uma questão de liberar e passar de novo....só que não. A empresa Dollar que alugava o carro tem um sistema que só aceita um cartão novamente 24 horas após ter sido negado. O cartão do Lúcio não poderia ser usado.  Outra politica das empresas de aluguel de carros, é que o cartão usado deve estar no nome de um dos motoristas oficiais do veículo, que precisa estar presente no momento do aluguel. Na prática, o André e o Nicola não tinham cartão internacional e o Brawl, que tinha um, não tinha carteira, pois tinha sido roubado em SP recentemente. Resultado: tive que ir até Dallas pra passar meu cartão, alugar o carro e voltar até Austin pela estrada com o pessoal. Isso só foi possível graças à ajuda dos nossos amigos de Austin Narda e John Hurt, que conseguiram um vale passagem pra que eu pudesse pegar um vôo pra Dallas instantaneamente.  O vôo porém era em Love Field, um aeroporto que fica dentro da cidade e eu tive que pegar um taxi bem caro até DFW pra encontrar a banda. No total, peguei quatro vôos..quase a mesma coisa que quando fomos pro Japão. Fora as 3 horas de carro até Austin. Chegamos lá à noite, sendo que eu deveria estar lá pela manhã. Que batalha!!!

Ainda bem que, chegando lá, John e Narda nos receberam com uma refeição robusta, abraços calorosos e aposentos aconchegantes. Tudo do bom e do melhor para uma ótima noite de sono!

Continua...

TOUR nos EUA



Depois de fazer sucesso com o lançamento do disco AIÓN no Japão - de onde saiu até o clipe "Song for Tom" que você assiste abaixo - Fruet & os Cozinheiros estão agora em solo norte-americano.

Eles passaram pelo festival South by Southwest, o maior evento indie dos EUA, que acontece anualmente em Austin, no Texas. Depois, a estrada será longa pelos EUA, conforme serviço abaixo.


A fama internacional já existe desde 2008. Foi quando esteve, pela primeira vez, nos EUA, para uma série de shows incluindo o mesmo SXSW. “Voltamos de lá e lançamos o single ‘Play’ – uma música que eu havia composto em parceria com meu colega Fabrício, na 6ª série do primário – para comemorar. No ano passado, a banda recebeu um convite do Kansai Music Conference para tocar no Japão. AIÓN foi lançado no final de 2012, no Japão e em Porto Alegre e entrou para algumas listas bacanas de melhor disco do ano.

Shows nos EUA:

15 de março
Marcelo Fruet & Os Cozinheiros @South by Southwest SXSW 2013 – Austin, TX

19 de março
Marcelo Fruet & Os Cozinheiros @Eddie´s Attic – Decatur, GA

24 de março
Marcelo Fruet & Os Cozinheiros @The College of Willian & Mary – Williamsburg, VA

25 de março
Marcelo Fruet & Os Cozinheiros (Workshop & Performance – Brazilian Music: Identity and Culture in the 21st Century) @College of William & Mary – Williamsburg, VA

28 de março
Marcelo Fruet & Os Cozinheiros (NYC Acoustic Set) @Arlene’s Grocery – New York, NY

29 de março
Marcelo Fruet & Os Cozinheiros @Every Thing Goes, Book Cafe – Staten Island, NY

29 de março
Marcelo Fruet & Os Cozinheiros @Bar 4 – New York, NY

2 de abril
Marcelo Fruet & Os Cozinheiros (Streaming Special Show) @The Way Station – New York, NY

3 de abril
Marcelo Fruet & Os Cozinheiros  @Pianos – New York, NY

Disco: AIÓN

Lançamento: 2012/2013
Selo: Fruet Music
Distribuição: Tratore
Preço médio:
Álbum físico – R$ 29,00 (lojas do ramo)
Álbum virtual – U$ 9,99 (Itunes Store)

Assista "Song for Tom"

segunda-feira, 4 de março de 2013

Marcelo Fruet & Dia da Mulher


 Artista faz show acústico com convidadas especiais no La Estácion – Porto Alegre

Sexta-feira, 08 de março, às 21h, Marcelo Fruet entra no palco do La Estácion apresentando um show diferente, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Munido apenas de voz e violão,  o compositor chamou a ala feminina pra abrir o gogó e botar pra quebrar. Estão confirmadas as musas Ana Mainieri (Houve Uma Vez Dois Verões), Cíntia Rodrigues (Melomaníacos), Adriana Deffenti e as três mosqueteiras do grupo “Prendam as Compositoras”, Carmem Corrêa, Clarissa Mombelli e Lara Rossato.
Obviamente, mulher não paga!
O show celebra ainda a viagem de Fruet para Estados Unidos que rola agora em março. O grupo Marcelo Fruet & Os Cozinheiros, que foi contemplado no Edital de Apoio ao Intercâmbio e Difusão Cultural do Ministério da Cultura, já está de malas prontas para chegar no SXSW 2013 e seguir até a costa leste da terra do Tio Sam.
 E, falando em mulher, Fruet não poderia deixar de festejar a defesa do mestrado da sua (Roberta Pires) - que mistura psicanálise, utopia e a poesia de Paulo Leminski – a qual vai rolar na manhã do mesmo dia.
O repertório terá musicas do álbum Aión e das autoras convidadas, entre outras coisas que o Fruet gosta... (além de mulher, é claro).

Para saber mais sobre a viagem, fique ligado nos canais sociais que estão disponíveis lá no site novo da banda: www.cozinhandomusica.com
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SERVIÇO
O Que: Show Marcelo Fruet  & Convidadas
Quanto: elas, free / eles R$12,00
Data: Sexta-feira, 08/03  - 21h
Onde: La Estácion Pub (http://www.laestacion.com.br/)
End: Miguel Tostes, 941 – Porto Alegre – RS
Contato Bar: (51) 8311-8797/  9129-9078 - contato@laestacion.com.br
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Agendamento de entrevistas:
cozinheiros@gmail.com  (51) 9122.9166 / 3231.6314 c/ Marcelo