sexta-feira, 5 de abril de 2013

13. Sexta-feira Santa: Staten Island, depois Brooklyn!


 

No ETG, com Steve Jones, Katie e Francisco Hakkert.

Sexta-feira. “Acorda que tem dois shows hoje...e um deles é em Staten Island, o outro no Brooklyn”. Nunca foi tão rápido ter que aprender como chegar num lugar longínquo da maneira mais rápida e econômica. Não fosse a ajuda de meu primo Francisco Hakkert, tudo seria mais difícil. O moleque fala inglês fluente, como um autêntico americano. Também, pudera, já morou anos em NY e agora estuda na Carolina do Norte. Ele ajudou a planejar e carregar as coisas (que eram muitas, pois nesses shows tínhamos que levar umas peças da bateria).
Saiu a barca!
Tivemos que pegar o metrô, fazer uma baldeação, ir até Whitehall e pegar o Ferry Boat gratuito que nos levou até Staten Island cruzando o Hudson River.  No caminho, cruzamos com nada mais nada menos que a famosa Estátua da Liberdade. Não sei se é o resto é que é  grande demais, mas ela parecia bem menor do que os filmes sugerem (a torre Eifell é muuuuito maior...). Para aqueles que não estão entendendo, fazer tudo isso atrasado, cheio de instrumentos e filmando não é tarefa das mais agradáveis.
ETG Book Café
Em Staten Island um motorista de ônibus simpático nos ajudou a encontrar o ETG Book Café (ETG = Every Thing Goes) rapidinho. Só pelo nome já dá pra sentir o grau de Hippongagem do local. Chegando lá, Steve Jones e sua companheira Katie já nos aguardavam.  Ele de boina e camisa psicodélica, com um estilo bem excêntrico. O lugar era muito legal. Muitos livros, long plays, um palco com cores vibrantes, desenhos astrológicos e uma tela com os símbolos do disco AIÓN. Sim, ele é um querido e preparou tudo, sempre com o bom humor de quem considera a vida uma ótima viagem.  
O show lá foi tão legal, que até conseguimos uma carona até o Brooklyn  com um dos espectadores, o Ray Pape (abaixo, com o Fruet). Se amarrou  no som e decidiu nos salvar, pois acabamos o show no ETG meio queimados no tempo. Já passava das 7 e precisávamos estar no Brooklyn às 8 para a passagem de som. Foi!

BAR 4 Brooklyn
O cara colocou os 5 malandros + uma pá de instrumentos dentro de um Jeep e foi tão eficiente que chegamos no Brooklyn antes do previsto, bem em tempo!
 
Quando adentramos no Bar 4, tava rolando um clima bem tranqüilo e intimista: banda de dois violões, uma guitarra e 3 vozes, a principal feminina num estilo meio country.  Depois que a banda The Hunts acabou o show (já com um certo atraso), ficamos bem preocupados, pois parecia que toda a platéia estava indo embora.
Resolvemos ser rápidos. Montamos tudo e começamos a tocar Chameleon, do Herbie Hancock pra manter o público ali com a descontração e despretensão. Aos poucos fomos ganhando eles. Resultado: todos ficaram e ainda chegaram mais. Fomos aos poucos liberando nossas próprias pérolas. “Samba da Conexão”, “Song For Tom”, “Ponto de Vista”, “Tempo”e por aí vai... Foi demais!

Os caras ficaram muito loucos com nosso som. Ao final do show, vendemos muitos discos e outros produtos, ganhamos muitas tips e além de tudo, muitos elogios de muita gente. Até o bartender começou a baixar cerveja a custo zero na emoção! Foi uma noite especial.
Algumas pessoas enxergaram coisas como Lynch e Elis Regina  em nossas músicas...surreal. Mostramos o clipe de Song For Tom, feito no Japão, e eles piraram..diziam coisas como “Dude, it’s like The Beatles arriving in America..you’re the new Beatles...” Não que a comparação funcione, mas nos deixou bem feliz!

Nenhum comentário: